sábado, 13 de novembro de 2010

ENCONTRO




Tua face agora se cala, a brisa do mar lhe trás a paz,
 num compasso perfeito teu corpo ansioso se acalma,
o mar e a brisa te levam a um cais,       
são lembranças amargas que lhe vêem a memória.
Repentinamente anseia por “paz”,
a paz que te persegue e te engana.
Mas nem tenta livrar-se dela que te absorve
e o converte em outro ser,                                       
levando-o  a uma batalha contra
o seu estado  neurastenizante.
Por ora sente-se leviano, outrora arcanjo,
ora águia, ora libélula.                                        
A  solidão lhe torna insensato,  
mas a compaixão lhe aproxima da santidade.
Então sente necessidade de voar alto
para ficar distante do passado.
Sente-se frágil, assim como a lavadeira
com quem brincava quando criança  
e  ficava triste quando ela tinha que ir embora.
Olha então o mar e sente vontade de mergulhar
Mas num mergulho profundo lembra-se
de que nem sabe nadar  e então consegue recuar. 
Começa então a observar o céu, as nuvens
e tudo que está em volta,
sente-se o mais importante simplesmente
por viver esse instante de contemplação.
Se engrandece com a beleza do mar,
então se reanima e caminha em direção
 a estas águas que o  leva ao ponto mais alto,
ajudando a encontrar a paz
e quando lá em cima estiver, voará,
não mais como águia, mas sim como libélula,
sem pressa, sem medo.
E enfim, segue  um novo caminho, voa,
canta e brinca e nessa viagem fantástica desvenda
o seus mais belos mistérios.

Um comentário:

  1. desencontros, reencontros não têm o mesmo sentido, muito bom mesmo, mas como dizes; sou suspeito!

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