Há em mim uma boca sangrenta
com hálito amargo, com gosto de chão
há em mim lágrima oleosa, quase pastosa
grudada no rosto querendo cair
Há em ti, o cheiro podre do amor
com essencia de rancor
querendo gozar
Há em ti, sujeito calado, fingindo ser tímido
maldade no olhar, visão linear
com fatos dissimulados tentando enganar
Há em mim liberdade tamanha
vontades aguçadas em breve a explodir
com grandes verdades guardadas em mim
Há em mim, um sexo selvagem
efémero demais, querendo o libido
de outro explorar
Há um jeito tranquilo e longínquo
de dizer, que em breve a vida
seguirá o caminho contrario de ti.