Venha com suas asas frágeis e me faz repousar
Me conta, me lembra dos dias em que me visitava no quintal de casa.
Era frio, era tarde, era dia e você sempre vinha me ouvir, me ver ou me entender.
Porque na verdade nunca fui de me abrir aos seres, as espécies, mas você tocava no meu íntimo, no meu destino frágil de viver.
Então eu te acolhia em meus ombros. Em meus dedos buscando proteger-te, fazia pousar-te em mim.
Por vezes te libertei de mim, te deixei depois de dias pousada em meu quarto.
Sim, eu sofria com sua partida e sabia que outra de ti revistaria meu passado, meu presente, meu eu, só para dizer que mesmo com asas fáceis é possível voar para os mãos dos mais altos céus.
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