sexta-feira, 2 de setembro de 2022

O MAR DE NANÃ

Quando piso na lama, trago de volta a essência dos meus ancestrais,

E é bom lembrar que quando piso na lama é para moldar a vida,

Na lama descanso os meus pés calejados, trato minhas dores dessas andanças,

em busca do que é justo para o meu povo, 

dessas andanças, trago coroas para os que merecem reinar,

Na lama, ouso lembrar das conquistas alcançadas e as perdas também.


Nas águas paradas formei meu mar

Meu mar tem gosto de barro e calma para velejar 

Nele eu canto cantigas de lá e danço olhando o mundo que girar

Me criei no meu mar, ele é o meu lugar.

Ele abre os caminhos me conduzindo às florestas densas

que tornam mais leve o meu habitar


Lá ouço as vozes que gritam meu nome:

Nanã, oiá ela lá, vem se achegar,

Traga sabedoria e sua alegria,

 Nanã, oiá ela lá. 

Ela chegou, vem, vamos rezar!



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